quarta-feira, 4 de maio de 2011

Obesidade na idade adulta aumenta riscos de Alzheimer

Pessoas com IMC acima dos 30 na idade adulta apresentam até quatro vezes mais riscos de desenvolverem algum tipo de demência quando idosos

veja.abril.com.br

Pessoas que estão acima do peso ou obesas na idade adulta têm quatro vezes mais riscos de desenvolver Alzheimer e outras doenças do tipo quando idosos. De acordo com um novo estudo publicado no periódico Neurology, variáveis como fatores genéticos e ambientais podem contribuir para a relação entre o acúmulo de gordura e os problemas neurológicos. Dados da pesquisa apontam ainda que existem hoje no mundo cerca de 1,6 bilhões de adultos acima do peso.
Durante a pesquisa, foram analisados dados de 8.534 voluntários acima dos 65 anos. Desses, 350 foram diagnosticados com Alzheimer e outros 114 com possível casos de demência. Informações como altura e peso nos anos anteriores à pesquisa também foram levados em consideração. Os cientistas descobriram, então, que entre aqueles que estavam acima do peso, os riscos de Alzheimer eram 80% maiores. Para os obesos, aquelas pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, os riscos eram quase quatro vezes maiores, ou 300%.
Segundo Weili Xu, pesquisadora do Instituto Karolinska, na Suécia, que coordenou o estudo, não foi possível estabelecer exatamente como o sobrepeso e a obesidade prejudicam o cérebro. Entre as hipóteses levantadas, no entanto, está o fato de que o excesso de gordura está associado ao diabetes e às doenças vasculares, condições que aumentam os riscos de demências. Há ainda a hipótese de que o tecido gorduroso, maior produtor de hormônio do corpo, pode gerar moléculas inflamatórias que poderiam afetar as funções cognitivas ou mesmo o processo de neurodegeneração.


SABENDO MAIS SOBRE O ALZHEIMER

Qual é a causa da doença de Alzheimer (DA)?
A doença de Alzheimer apresenta alterações específicas no cérebro, especialmente pela deposição de estruturas chamadas placas amilóides e emaranhados neurofibrilares.

A presença destas estruturas leva progressivamente à morte dos neurônios, que são as células que constituem o cérebro. Existem várias pesquisas em andamento para uma melhor compreensão de como – e por que – ocorre esta deposição.

Quem pode ter a doença de Alzheimer (DA)
Indivíduos com mais de 65 anos de idade, de qualquer raça e classe social, homens e mulheres, um pouco mais mulheres do que homens. Os riscos para a DA aumentam com a idade. Em indivíduos com menos de 60 anos de idade a DA é muito rara sendo denominada de DA de início precoce, porém após os 85 anos de idade ocorre em aproximadamente 10% dos indivíduos. Em 95% dos casos ocorre na terceira idade, ou seja, o maior fator de risco para a  DA é o envelhecimento.


DOENÇA DE ALZHEIMER - Fases

Como é a DA?
A DA é uma doença evolutiva, ou seja, progride com o passar do tempo. A forma como se apresenta varia muito de pessoa para pessoa. A doença apresenta três fases: leve, moderada e grave.

Fase leve:
Dura de 2 a 4 anos, mas pode ser mais longa. Nesta fase o indivíduo com DA costuma estar alerta e é sociável, mas seus esquecimentos freqüentes começam a interferir nas suas atividades da vida diária.
Os esquecimentos começam pelos fatos recentes e nas outras fases progridem até os aprendizados mais remotos.
O diagnóstico nesta fase é pouco freqüente, principalmente em indivíduos com nível de escolaridade alto, nos quais as perdas são mais difíceis de serem percebidas.
O ideal é que as decisões relacionadas a documentos pessoais e ao manejo futuro do tratamento sejam resolvidas pelo paciente nesta fase, pois ainda há a preservação da capacidade de escolha e julgamento, mas nem sempre isso é possível.

Fase moderada:
Dura de 3 a 5 anos. Iniciam-se dificuldades progressivas de reconhecimento das pessoas de compreensão do que é ouvido, de expressar o que é dito, de nomear objetos e de executar tarefas motoras, o que interfere muito nas atividades da vida diária. Há desorientação quanto ao tempo e aos lugares e queixas de roubo e perseguição são freqüentes.
É neste estágio que ocorre a maioria dos diagnósticos. Para a preservação da segurança e para a realização das tarefas do dia a dia é necessário que o indivíduo com DA moderada esteja sob os cuidados de outra pessoa, que será o seu cuidador.

Fase grave:
Dura de 1 a 3 anos, ou mais. Os indivíduos nesta fase necessitam da atenção do cuidador 24 horas ao dia, pois não conseguem mais realizar as tarefas comuns, como higiene pessoal e alimentação. São totalmente dependentes de cuidados. Estão quase sempre confusos e a perda de memória já é bastante avançada, o que dificulta muito a comunicação. Os cuidadores são muito exigidos nesta fase.
O estágio entre as fases moderada e grave é denominado de moderadamente grave. Alguns autores consideram a existência de mais uma fase, após a grave, na qual o paciente está completamente involuído e necessita de assistência para a manutenção das funções vitais, denominada de fase terminal.

DIAGNÓSTICO


Quando e como é diagnosticada a DA?
Como na nossa sociedade julga-se normal que os idosos apresentem esquecimentos freqüentes,o diagnóstico do indivíduo acometido por DA geralmente é feito quando ele já está na fase moderada. Para o diagnóstico podem ser utilizados, além da entrevista médica, testes que avaliam as respostas física, comportamental e emocional do indivíduo; solicita-se também exames complementares de sangue, urina e de imagem cerebral.



Como será o futuro de alguém com DA?
A DA é uma doença progressiva, o que significa que os sintomas pioram ao longo do tempo. A velocidade da piora é muito variável; portanto, o desenvolvimento da doença também será. Após o primeiro diagnóstico de DA algumas pessoas irão viver ainda por muitos anos. Deve-se buscar a melhor qualidade de vida possível para os pacientes com DA e para seus cuidadores.


TRATAMENTO

Infelizmente ainda não há cura para a DA; portanto, o principal objetivo do tratamento é minimizar os danos e a progressão da doença. Como a DA é uma doença que se manifesta por alterações do comportamento e afeta o cérebro de idosos, as especialidades médicas que geralmente tratam de indivíduos com DA são a psiquiatria, a neurologia e a geriatria.
Faz parte do tratamento a presença de cuidadores, que devem ser adequadamente orientados sobre como lidar com alguém com a DA e sobre mudanças ambientais que devem ou não ser feitas. O trabalho do cuidador é muito cansativo, pois há um grande esforço físico e emocional. O ideal é que mais de um profissional, ou familiar, assumam esta responsabilidade, para o estabelecimento de turnos de repouso. Essas orientações buscam proporcionar o máximo de segurança e a melhor qualidade de vida possível para os pacientes e seus cuidadores.
Existem 2 classes principais de medicamentos para o tratamento da DA. Uma é representada pelos medicamentos denominados de anticolinesterásicos e a outra, até o momento representada por um único medicamento, é a do antagonista dependente de voltagem dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA).
Os medicamentos chamados de anticolinesterásicos diferem entre si por terem ações sobre 2 enzimas do tipo colinesterase, a acetilcolinesterase e/ou a butirilcolinesterase, além de ação sobre receptores nicotínicos. Essas 2 classes de medicamentos agem de forma totalmente diferenciada no cérebro e podem ser usadas isoladamente ou associadas.
No cérebro de indivíduos com DA há uma diminuição da amplitude do sinal e um aumento do ruído de fundo, o que dificulta todos os processos. Os anticolinesterásicos agem através da amplificação do sinal e o antagonista dependente de voltagem dos receptores NMDA diminui o ruído de fundo. Dessa forma, a resultante do tratamento com um destes medicamentos - ou com ambos - é uma modificação das alterações inerentes à doença, o que resulta na diminuição da progressão da mesma.
Outras substâncias já foram estudadas no tratamento da DA, tais como as vitaminas C e E, alguns antiinflamatórios, o gingko biloba etc. Porém, não há evidências em estudos científicos que justifiquem a utilização das mesmas.
Atualmente, existem pesquisas de novos medicamentos e vacinas em andamento, que poderão representar opções promissoras para o tratamento da DA.


PREVENÇÃO

10 formas simples de prevenir a Doença de Alzheimer:

01 – Tenha uma alimentação rica em frutas e legumes. Foi demonstrado cientificamente que os alimentos que combatem Alzheimer são mirtilos, vegetais de folha verde, como bróculos ou espinafres e maçãs.

02 – Insira na sua alimentação óleos vegetais ricos em Ómega 3, incluindo sementes de canhâmo e de linho. Pode também ingerir óleo de peixe, mas certifique-se quanto à fonte e nutrientes, já que muitos peixes possuem toxicidade de mercúrio, que pode causar Alzheimer.

03 – Certifique-se que está a incluir na sua alimentação uma quantidade suficiente de antioxidantes. Como foi já mencionado, comer frutas e legumes é uma das melhores maneiras de combater os radicais livres. O chocolate, chá verde, vitamina E e vitamina C são outros antioxidantes que podem desempenhar um importante papel contra a doença de Alzheimer.

04 – Um novo estudo de uma equipa de investigadores do Instituto para a Estudo Biológico de Salk demonstrou que um tipo específico de antioxidantes presente nos morangos pode auxiliar a memória e proteger o cérebro do desenvolvimento de Alzheimer.

05 – Um novo estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo provou que as diabetes aumentam gradualmente o risco do desenvolvimento de Alzheimer. As diabetes estão associadas a altos níveis de açúcar no sangue.

06 – Um novo estudo demonstrou que uma pessoa com colesterol alto, alta pressão sanguínea e obesidade tem muito mais possibilidades (+ 600%) de perder funções cerebrais e ser-lhe diagnosticado Alzheimer do que pessoas que mantenha um peso equilibrado e que mantenha uma alimentação saudável.

07 – O pigmento na curcuma que atribui ao caril a sua cor amarela pode também ajudar a quebrar as “placas” que marcam o cérebro de doentes com Alzheimer, sugererm as últimas pesquisas.

08 – Evite o mercúrio. Como foi já mencionado, muito peixes estão contaminados com mercúrio, por isso pesquise quais os peixes que são seguros e livres de mercúrio. Por vezes, as vacinas são outra causa da toxicidade por mercúrio.

09 – Desafie a sua mente todos os dias. As pesquisas sugerem que a estimulação mental, falar duas línguas, viajar, puzzles, e aprender a tocar um instrumento são boas formas de combater a senilidade precoce e Alzheimer. Aprenda algo novo todos os dias, mesmo que seja um número de telefone ou uma palavra.

10 – Regule o stress. Está provado que o stress corroi a mente e o corpo, produzindo uma hormona que prejudica o cérebro. A meditação, yoga, arte ou jardinagem são apenas algumas das formas de gerir o stress.


(textos retirados dos sites:  http://br.lundbeck.com/brazil e www.veja.abril.com.br e www.alimentacaosaudavel.org)

Amados, espero que se interessem pelo assunto, cuidem de si e de seus entes queridos... DA é uma doença que é triste para quem vive e convive com ela.

Beijinhos, a garota do Blog.

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