Pessoas com IMC acima dos 30 na idade adulta apresentam até quatro vezes mais riscos de desenvolverem algum tipo de demência quando idosos
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Pessoas que estão acima do peso ou obesas na idade adulta têm quatro vezes mais riscos de desenvolver Alzheimer e outras doenças do tipo quando idosos. De acordo com um novo estudo publicado no periódico Neurology, variáveis como fatores genéticos e ambientais podem contribuir para a relação entre o acúmulo de gordura e os problemas neurológicos. Dados da pesquisa apontam ainda que existem hoje no mundo cerca de 1,6 bilhões de adultos acima do peso.
Durante a pesquisa, foram analisados dados de 8.534 voluntários acima dos 65 anos. Desses, 350 foram diagnosticados com Alzheimer e outros 114 com possível casos de demência. Informações como altura e peso nos anos anteriores à pesquisa também foram levados em consideração. Os cientistas descobriram, então, que entre aqueles que estavam acima do peso, os riscos de Alzheimer eram 80% maiores. Para os obesos, aquelas pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, os riscos eram quase quatro vezes maiores, ou 300%.
Segundo Weili Xu, pesquisadora do Instituto Karolinska, na Suécia, que coordenou o estudo, não foi possível estabelecer exatamente como o sobrepeso e a obesidade prejudicam o cérebro. Entre as hipóteses levantadas, no entanto, está o fato de que o excesso de gordura está associado ao diabetes e às doenças vasculares, condições que aumentam os riscos de demências. Há ainda a hipótese de que o tecido gorduroso, maior produtor de hormônio do corpo, pode gerar moléculas inflamatórias que poderiam afetar as funções cognitivas ou mesmo o processo de neurodegeneração.
SABENDO MAIS SOBRE O ALZHEIMER
Qual é a causa da doença de Alzheimer (DA)?
A doença de Alzheimer apresenta alterações específicas no cérebro, especialmente pela deposição de estruturas chamadas placas amilóides e emaranhados neurofibrilares.
A presença destas estruturas leva progressivamente à morte dos neurônios, que são as células que constituem o cérebro. Existem várias pesquisas em andamento para uma melhor compreensão de como – e por que – ocorre esta deposição.
Quem pode ter a doença de Alzheimer (DA)
Indivíduos com mais de 65 anos de idade, de qualquer raça e classe social, homens e mulheres, um pouco mais mulheres do que homens. Os riscos para a DA aumentam com a idade. Em indivíduos com menos de 60 anos de idade a DA é muito rara sendo denominada de DA de início precoce, porém após os 85 anos de idade ocorre em aproximadamente 10% dos indivíduos. Em 95% dos casos ocorre na terceira idade, ou seja, o maior fator de risco para a DA é o envelhecimento.
DOENÇA DE ALZHEIMER - Fases
Como é a DA?
A DA é uma doença evolutiva, ou seja, progride com o passar do tempo. A forma como se apresenta varia muito de pessoa para pessoa. A doença apresenta três fases: leve, moderada e grave.
Fase leve:
Dura de 2 a 4 anos, mas pode ser mais longa. Nesta fase o indivíduo com DA costuma estar alerta e é sociável, mas seus esquecimentos freqüentes começam a interferir nas suas atividades da vida diária.
Os esquecimentos começam pelos fatos recentes e nas outras fases progridem até os aprendizados mais remotos.
O diagnóstico nesta fase é pouco freqüente, principalmente em indivíduos com nível de escolaridade alto, nos quais as perdas são mais difíceis de serem percebidas.
O ideal é que as decisões relacionadas a documentos pessoais e ao manejo futuro do tratamento sejam resolvidas pelo paciente nesta fase, pois ainda há a preservação da capacidade de escolha e julgamento, mas nem sempre isso é possível.
Fase moderada:
Dura de 3 a 5 anos. Iniciam-se dificuldades progressivas de reconhecimento das pessoas de compreensão do que é ouvido, de expressar o que é dito, de nomear objetos e de executar tarefas motoras, o que interfere muito nas atividades da vida diária. Há desorientação quanto ao tempo e aos lugares e queixas de roubo e perseguição são freqüentes.
É neste estágio que ocorre a maioria dos diagnósticos. Para a preservação da segurança e para a realização das tarefas do dia a dia é necessário que o indivíduo com DA moderada esteja sob os cuidados de outra pessoa, que será o seu cuidador.
Fase grave:
Dura de 1 a 3 anos, ou mais. Os indivíduos nesta fase necessitam da atenção do cuidador 24 horas ao dia, pois não conseguem mais realizar as tarefas comuns, como higiene pessoal e alimentação. São totalmente dependentes de cuidados. Estão quase sempre confusos e a perda de memória já é bastante avançada, o que dificulta muito a comunicação. Os cuidadores são muito exigidos nesta fase.
O estágio entre as fases moderada e grave é denominado de moderadamente grave. Alguns autores consideram a existência de mais uma fase, após a grave, na qual o paciente está completamente involuído e necessita de assistência para a manutenção das funções vitais, denominada de fase terminal.
DIAGNÓSTICO
Quando e como é diagnosticada a DA?
Como na nossa sociedade julga-se normal que os idosos apresentem esquecimentos freqüentes,o diagnóstico do indivíduo acometido por DA geralmente é feito quando ele já está na fase moderada. Para o diagnóstico podem ser utilizados, além da entrevista médica, testes que avaliam as respostas física, comportamental e emocional do indivíduo; solicita-se também exames complementares de sangue, urina e de imagem cerebral.
Como será o futuro de alguém com DA?
A DA é uma doença progressiva, o que significa que os sintomas pioram ao longo do tempo. A velocidade da piora é muito variável; portanto, o desenvolvimento da doença também será. Após o primeiro diagnóstico de DA algumas pessoas irão viver ainda por muitos anos. Deve-se buscar a melhor qualidade de vida possível para os pacientes com DA e para seus cuidadores.
TRATAMENTO
Infelizmente ainda não há cura para a DA; portanto, o principal objetivo do tratamento é minimizar os danos e a progressão da doença. Como a DA é uma doença que se manifesta por alterações do comportamento e afeta o cérebro de idosos, as especialidades médicas que geralmente tratam de indivíduos com DA são a psiquiatria, a neurologia e a geriatria.
Faz parte do tratamento a presença de cuidadores, que devem ser adequadamente orientados sobre como lidar com alguém com a DA e sobre mudanças ambientais que devem ou não ser feitas. O trabalho do cuidador é muito cansativo, pois há um grande esforço físico e emocional. O ideal é que mais de um profissional, ou familiar, assumam esta responsabilidade, para o estabelecimento de turnos de repouso. Essas orientações buscam proporcionar o máximo de segurança e a melhor qualidade de vida possível para os pacientes e seus cuidadores.
Existem 2 classes principais de medicamentos para o tratamento da DA. Uma é representada pelos medicamentos denominados de anticolinesterásicos e a outra, até o momento representada por um único medicamento, é a do antagonista dependente de voltagem dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA).
Os medicamentos chamados de anticolinesterásicos diferem entre si por terem ações sobre 2 enzimas do tipo colinesterase, a acetilcolinesterase e/ou a butirilcolinesterase, além de ação sobre receptores nicotínicos. Essas 2 classes de medicamentos agem de forma totalmente diferenciada no cérebro e podem ser usadas isoladamente ou associadas.
No cérebro de indivíduos com DA há uma diminuição da amplitude do sinal e um aumento do ruído de fundo, o que dificulta todos os processos. Os anticolinesterásicos agem através da amplificação do sinal e o antagonista dependente de voltagem dos receptores NMDA diminui o ruído de fundo. Dessa forma, a resultante do tratamento com um destes medicamentos - ou com ambos - é uma modificação das alterações inerentes à doença, o que resulta na diminuição da progressão da mesma.
Outras substâncias já foram estudadas no tratamento da DA, tais como as vitaminas C e E, alguns antiinflamatórios, o gingko biloba etc. Porém, não há evidências em estudos científicos que justifiquem a utilização das mesmas.
Atualmente, existem pesquisas de novos medicamentos e vacinas em andamento, que poderão representar opções promissoras para o tratamento da DA.
PREVENÇÃO
10 formas simples de prevenir a Doença de Alzheimer:
01 – Tenha uma alimentação rica em frutas e legumes. Foi demonstrado cientificamente que os alimentos que combatem Alzheimer são mirtilos, vegetais de folha verde, como bróculos ou espinafres e maçãs.
02 – Insira na sua alimentação óleos vegetais ricos em Ómega 3, incluindo sementes de canhâmo e de linho. Pode também ingerir óleo de peixe, mas certifique-se quanto à fonte e nutrientes, já que muitos peixes possuem toxicidade de mercúrio, que pode causar Alzheimer.
03 – Certifique-se que está a incluir na sua alimentação uma quantidade suficiente de antioxidantes. Como foi já mencionado, comer frutas e legumes é uma das melhores maneiras de combater os radicais livres. O chocolate, chá verde, vitamina E e vitamina C são outros antioxidantes que podem desempenhar um importante papel contra a doença de Alzheimer.
04 – Um novo estudo de uma equipa de investigadores do Instituto para a Estudo Biológico de Salk demonstrou que um tipo específico de antioxidantes presente nos morangos pode auxiliar a memória e proteger o cérebro do desenvolvimento de Alzheimer.
05 – Um novo estudo do Instituto Karolinska de Estocolmo provou que as diabetes aumentam gradualmente o risco do desenvolvimento de Alzheimer. As diabetes estão associadas a altos níveis de açúcar no sangue.
06 – Um novo estudo demonstrou que uma pessoa com colesterol alto, alta pressão sanguínea e obesidade tem muito mais possibilidades (+ 600%) de perder funções cerebrais e ser-lhe diagnosticado Alzheimer do que pessoas que mantenha um peso equilibrado e que mantenha uma alimentação saudável.
07 – O pigmento na curcuma que atribui ao caril a sua cor amarela pode também ajudar a quebrar as “placas” que marcam o cérebro de doentes com Alzheimer, sugererm as últimas pesquisas.
08 – Evite o mercúrio. Como foi já mencionado, muito peixes estão contaminados com mercúrio, por isso pesquise quais os peixes que são seguros e livres de mercúrio. Por vezes, as vacinas são outra causa da toxicidade por mercúrio.
09 – Desafie a sua mente todos os dias. As pesquisas sugerem que a estimulação mental, falar duas línguas, viajar, puzzles, e aprender a tocar um instrumento são boas formas de combater a senilidade precoce e Alzheimer. Aprenda algo novo todos os dias, mesmo que seja um número de telefone ou uma palavra.
10 – Regule o stress. Está provado que o stress corroi a mente e o corpo, produzindo uma hormona que prejudica o cérebro. A meditação, yoga, arte ou jardinagem são apenas algumas das formas de gerir o stress.
(textos retirados dos sites: http://br.lundbeck.com/brazil e www.veja.abril.com.br e www.alimentacaosaudavel.org)
Amados, espero que se interessem pelo assunto, cuidem de si e de seus entes queridos... DA é uma doença que é triste para quem vive e convive com ela.
Beijinhos, a garota do Blog.
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