segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Emmy 2021

 

Emmy 2021:quem são os vencedores da premiação

As séries de TV que levaram para casa o maior número de prêmios neste ano foram "Ted Lasso", da Apple TV+, com sete; e "The Crown", produzido pela Netflix, com 11 vitórias

A maior premiação da televisão norte-americana, o Emmy, realizou na noite deste domingo (19), em Los Angeles, sua segunda edição durante a pandemia da Covid-19.

Diferentemente da edição do ano passado, em que a cerimônia foi realizada virtualmente, com as celebridades indicadas e convidadas participando por meio de plataformas de vídeo, a premiação de 2021 foi presencial e contou com algumas adaptações.

Confira a lista completa de indicados vencedores deste domingo:

Melhor Roteiro para série de drama

Vencedor: The Crown
The Boys
The Handmaid’s Tale
Lovecraft Country
The Mandalorian
The Mandalorian
Pose

Melhor direção para série de drama

Vencedor: The Crown (War – Jessica Hobbs)
Bridgerton (Diamond of the First Water – Julie Anne Robinson)
The Crown (Fairytale – Benjamin Caron)
The Handmaid’s Tale (The Wilderness – Liz Garbus)
The Mandalorian (The Marshal – Jon Favreau)
Pose (Series Finale – Steven Canals)

Melhor direção para série de comédia

Vencedor: Hacks (There Is No Line – Lucia Aniello)
B Positive (Pilot – James Burrows)
The Flight Attendant (In Case of Emergency – Susanna Fogel)
Mom (Scooby-Doo Checks and Salisbury Steak – James Widdoes)
Ted Lasso (Biscuits – Zach Braff)
Ted Lasso (The Hope That Kills You – M.J. Delaney)
Ted Lasso (Make Rebecca Great Again – Declan Lowney)

Melhor direção para missérie, filme para TV ou especial de drama

Vencedor: O Gambito da Rainha (Scott Frank)
Hamilton (Thomas Kail)
I May Destroy You (Ego Death – Michaela Coel and Sam Miller)
I May Destroy You (Eyes Eyes Eyes Eyes – Sam Miller)
Mare of Easttown (Craig Zobel)
The Underground Railroad (Barry Jenkins)
WandaVision (Matt Shakman)

Melhor roteiro para minissérie, filme para TV ou especial de drama

Vencedor: I May Destroy You (Michaela Coel)
Mare of Easttown (Brad Ingelsby)
O Gambito da Rainha (Scott Frank)
WandaVision (All-New Halloween Spooktacular! – Chuck Hayward and Peter Cameron)
WandaVision (Filmed Before a Live Studio Audience – Jac Schaeffer)
WandaVision (Previously On – Laura Donney)

Melhor série de comédia

Vencedor: Ted Lasso
Black-ish
Cobra Kai
Emily in Paris
Hacks
The Flight Attendant
O Método Kominsky
Pen15

Melhor atriz em série de comédia

Vencedora: Jean Smart (Hacks)
Aidy Bryant (Shrill)
Kaley Cuoco (The Flight Attendant)
Allison Janney (Mom)
Tracee Ellis Ross (Black-ish)

Melhor ator em série de comédia

Vencedor: Jason Sudeikis (Ted Lasso)
Anthony Anderson (Black-ish)
Michael Douglas (O Método Kominsky)
William H. Macy (Shameless)
Kenan Thompson (Kenan)

Melhor atriz coadjuvante em série de comédia

Vencedora: Hannah Waddingham (Ted Lasso)
Hannah Einbinder (Hacks)
Aidy Bryant (Saturday Night Live)
Kate McKinnon (Saturday Night Live)
Cecily Strong (Saturday Night Live)
Juno Temple (Ted Lasso)
Rosie Perez (The Flight Attendant)

Melhor ator coadjuvante em série de comédia

Vencedor: Brett Goldstein (Ted Lasso)
Carl Clemons-Hopkins (Hacks)
Kenan Thompson (Saturday Night Live)
Bowen Yang (Saturday Night Live)
Brendan Hunt (Ted Lasso)
Nick Mohammed (Ted Lasso)
Jeremy Swift (Ted Lasso)
Paul Reiser (O Método Kominsky)

Atriz convidada em comédia

Vencedora: Maya Rudolph (Saturday Night Live)
Jane Adams (Hacks)
Yvette Nicole Brown (A Black Lady Sketch Show)
Bernadette Peters (Zoey’s Extraordinary
Playlist)
Issa Rae (A Black Lady Sketch Show)
Kristen Wiig (Saturday Night Live)

Ator convidado em comédia

Vencedor: Dave Chappelle (Saturday Night Live)
Alec Baldwin (Saturday Night Live)
Morgan Freeman (O Método Kominsky)
Daniel Kaluuya (Saturday Night Live)
Daniel Levy (Saturday Night Live)

Melhor minissérie ou série de antologia

Vencedora: O Gambito da Rainha
I May Destroy You
Mare of Easttown
The Underground Railroad
WandaVision

Melhor filme par TV

Vencedor: Natal com Dolly Parton
Oslo
Mahalia
Sylvie’s Love
Uncle Frank

Melhor atriz em minissérie ou filme para TV

Vencedora: Kate Winslet (Mare of Easttown)
Michaela Coel (I May Destroy You)
Cynthia Erivo (Genius: Aretha)
Elizabeth Olsen (WandaVision)
Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha)

Melhor ator em minissérie ou filme para TV

Vencedor: Ewan McGregor (Halston)
Paul Bettany (WandaVision)
Hugh Grant (The Undoing)
Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
Leslie Odom Jr. (Hamilton)

Melhor atriz coadjuvante em minissérie ou filme para TV

Vencedora: Julianne Nicholson (Mare of Easttown)
Phillipa Soo (Hamilton)
Renée Elise Goldsberry (Hamilton)
Jean Smart (Mare of Easttown)
Moses Ingram (O Gambito da Rainha)
Kathryn Hahn (WandaVision)

Melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme para TV

Vencedor: Evan Peters (Mare of Easttown)
Daveed Diggs (Hamilton)
Jonathan Groff (Hamilton)
Anthony Ramos (Hamilton)
Paapa Essiedu (I May Destroy You)
Thomas Brodie-Sangster (O Gambito da Rainha)

Melhor série de drama

Vencedora: The Crown
The Boys
Bridgerton
The Handmaid’s Tale
Lovecraft Country
The Mandalorian
Pose
This Is Us

Melhor atriz em série de drama

Vencedora: Olivia Colman (The Crown)
Uzo Aduba (In Treatment)
Emma Corrin (The Crown)
Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
Mj Rodriguez (Pose)
Jurnee Smollett (Lovecraft Country)

Melhor ator em série de drama

Vencedor: Josh O’Connor (The Crown)
Sterling K. Brown (This Is Us)
Jonathan Majors (Lovecraft Country)
Regé-Jean Page (Bridgerton)
Billy Porter (Pose)
Matthew Rhys (Perry Mason)

Melhor atriz coadjuvante em série de drama

Vencedora: Gillian Anderson (The Crown)
Aunjanue Ellis (Lovecraft Country)
Helena Bonham Carter (The Crown)
Emerald Fennell (The Crown)
Madeline Brewer (The Handmaid’s Tale)
Ann Dowd (The Handmaid’s Tale)
Yvonne Strahovski (The Handmaid’s Tale)
Samira Wiley (The Handmaid’s Tale)

Melhor ator coadjuvante em série de drama

Vencedor: Tobias Menzies (The Crown)
Michael K. Williams (Lovecraft Country)
John Lithgow (Perry Mason)
O-T Fagbenle (The Handmaid’s Tale)
Max Minghella (The Handmaid’s Tale)
Bradley Whitford (The Handmaid’s Tale)
Giancarlo Esposito (The Mandalorian)
Chris Sullivan (This Is Us)

Atriz convidada em drama

Vencedora: Claire Foy (The Crown)
Alexis Bledel (The Handmaid’s Tale)
Mckenna Grace (The Handmaid’s Tale)
Sophie Okonedo (Ratched)
Phylicia Rashad (This Is Us)

Ator convidado em drama

Vencedor: Courtney B. Vance (Lovecraft Country)
Don Cheadle (Falcão e o Soldado Invernal)
Charles Dance (The Crown)
Timothy Olyphant (The Mandalorian)
Carl Weathers (The Mandalorian)

Melhor programa de variedades e Talk show

Vencedor: Last Week Tonight with John Oliver
The Daily Show with Trevor Noah
Conan
Jimmy Kimmel Live
The Late Show with Stephen Colbert

Melhor reality show de competição

Vencedor: RuPaul’s Drag Race
The Amazing Race
Nailed It!
Top Chef
The Voice

*Com informações da CNN Internacional


segunda-feira, 26 de abril de 2021

Os looks do Oscar 2021

Ontem foi dia de Oscar, bebê. E para a 93ª edição do Oscar, que aconteceu neste domingo, 25, em Los Angeles, os nossos astros da sétima arte arriscaram nos looks, ou não!

Enfim, alguns ousaram, e outros ficaram no velho e bom básico, ou quase.

Eu trouxe alguns destaques para vocês apreciarem e darem a sua opinião.


Amanda Seyfried

Andra Day

Angela Bassett

Ariana DeBose

Carey Mulligan

Chloe Zhao

H.E.R

Halle Berry

Leslie Odom Jr. e Nicolette Robinson

Margot Robbie

Maria Bakalova

Reese Witherspoon

Regina King

Riz Ahmed e a escritora Fatima Farheen Mirza

Vanessa Kirby

Viola Davis

Zendaya


Que tal? Aprovaram os looks das estrelas? Confesso que no geral, esse ano gostei de quase todos. Ano que vem, sem pandemia com fé em Deus, voltamos aqui para apreciar os looks do tapete vermelho do Oscar.

Beijinhos. 💋💋

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

 E AGORA JOSÉ?


        Ouvindo o poema de Drummond na voz de Paulo Diniz, veio-me um lampejo acerca de nossa realidade presente. Peço vênia ao grande escritor para, com a devida humildade, tecer alguns comentários aproveitando-me da genialidade de seu grito. 

        O poema se refere a "um homem", José, que representa uma realidade de uma coletividade. Os muitos "Josés", que enfrentam suas vidas no pós-festa, na luz apagada, no vazio da existência, trata-se do homem comum, que age como qualquer outro ao zombar, ao fazer versos, ao amar e ao protestar.

         Mas quando tudo lhe é retirado, ele se encontra com seu vazio existencial, seu oco emocional, de modo tal que - estando totalmente cavo, sem mulher, sem discurso, sem bebida, sem cigarro - encontra na noite fria a total ausência de possibilidade de fuga nas coisas cotidianas, que não passam de mera utopia. Tudo acabou, tudo envelheceu, tudo mofou. 

          Nesse momento, em que o homem se depara com seu vazio, até aquilo que é exaltação de si, por meio de coisas materialmente representadas (a biblioteca, a lavra de ouro, o terno de vidro) perde o sentido. Tudo isso, agora, lhe é incoerente. Diante disso, nem saída para sua dor ele encontra: não adianta gritar, nem gemer, nem o glamour da valsa vienense, nem dormir, nem cansar, nem morrer,  "mas você não morre!"

         A genialidade do texto, expondo os "Josés" da vida, me fez transferir as ideias do poeta para a realidade presente, momento em que uma pandemia nos retira coisas que julgávamos essenciais, a saber, academias, parques, bares, reuniões sociais, festas. 

          E agora, José?

          As vidas secas, que não passam de misérias adornadas, foram esvaziadas do ter e do fazer. E agora, José? A festa acabou, a luz se apagou, o povo sumiu, a noite esfriou! E agora, José? Os vãos preenchidos por coisas ocas desencontram-se da efêmera alegria.

          E agora, o que fazer, como disse o poeta, se querendo abrir a porta, não existe porta; se querendo morrer no mar, o mar se secou? Deparamo-nos com a vida como ela é, e somos obrigados a encará-la, destituída de qualquer coisa não essencial. Destituídos de nossas indumentárias de ilusão, nus diante do espelho, vemo-nos como realmente somos e encaramos nossos próprios monstros e nosso próprio eu, outrora encobertos pelas vãs ocupações. 

         Descobrimo-nos "sozinhos no escuro, qual bicho-do-mato", sem apoio, e obrigados a continuar nossa marcha, pois a vida assim impõe, pelo que se questiona o poeta:  "José, para onde?".  Tomando por empréstimo o mote do poeta, quero repeti-lo a você leitor: "José", para onde? Para onde podemos correr se em nosso vazio – à semelhança do José drummoniano - não temos teogonia e não encontramos uma parede de apoio, nem sustentação?

         Esse novo tempo deve nos levar a desviar os olhos das efemeridades e a tocar na essência das coisas com o olhar voltado para dentro. É mister que nos destituamos de tudo o que é passageiro, abandonemos tudo o que é externo, tudo o que é vão. 

             Mas, se o vazio do ser o levou a considerar as ocupações mais sofisticadas (Facebook, Instagram, Lives) como substitutas ilusórias da verdadeira alegria, temos que o mesmo engano se vestiu de outra roupagem. Não seria hora de voltar os olhos para o lugar que jamais deveria ter desviado, a saber, a essência da Vida, cuja natureza provém do próprio Deus?

         Não seria este o momento de rever os conceitos, quebrar as cadeias, abandonar os exteriores? Na correria dos dias de outrora, nas ocupações das coisas efêmeras, estávamos vazios. Não será, portanto, com novas ocupações, com disputas de discursos inflamados e de veios apaixonados, que o ser humano tornará à fonte de águas vivas, tampouco o será nas Lives de grandes artistas. Não que haja problema em disso participar. A questão fundamental é: onde teremos nossa existência preenchida, onde encontrar essa alegria não transitória? 

            "Eu sou o caminho", asseverou o Cristo há quase dois mil anos, eis a resposta!

          Mas como percorrer esse caminho se muitos, na tentativa de trilhá-lo, o fizeram por meio de religiões, dogmas, sacrifícios e até matando em nome de Deus?

           Como trilhar esse caminho, buscar essa verdade e alcançar a Vida, se os templos estão fechados, se as ocupações  do cotidiano religioso não mais existem? Como achar a verdade se nos foram retirados todos os mecanismos exteriores de busca?

            A resposta a esse questionamento, que é universal, pois consiste na busca de todo indivíduo, é simples: olhe para dentro de si, pois, como asseverou Pedro, o Apóstolo, todas as coisas concernentes à vida já nos foram entregues em Cristo, que em nós habita!

          É preciso voltar-se para o alvo, que é Cristo, cuja Vida preenche todas as coisas, embora muitos, por uma inconsciência do ego não o possam ver. Voltar-se a Ele, que excede o tempo, excede o material, não sendo encontrado em coisas, mas somente em um coração quebrantado, que reconhece ser total e integralmente dependente Dele.

          Essa Vida em nós não é uma doutrina nem uma cartilha a ser seguida, mas uma realidade a ser buscada num relacionamento interior.

           Se quiser falar com Deus, cave fundo no coração, arranque as ocupações, livre-se dos dogmas, retire todas as amarras religiosas, apague a luz, cale a voz, encontre a paz, esvazie-se de si. 

           A Vida é relacionamento, e nada mais.

          Para onde, José? Para a Vida!


Marcio Almeida: Canal no YouTube "DESDOGMATIZANDO A FÉ"

(Obs.: Esse texto faz menção ao Poema de Drummond, “E Agora José?”, e à música de Gilberto Gil, “Se Eu Quiser Falar com Deus”)