Por Mirgon Kayser (com adaptações)
Semana passada utilizei a figura dos sapatos de salto alto para ilustrar a percepção masculina diante das mulheres. Hoje vou ater-me realmente a esse interessante objeto símbolo de poder feminino e que desperta total fascínio diante dos homens.
Muitas mulheres não gostam de usar sapatos de salto alto. Seu tu não usas, fique tranquila, isso não te rouba a feminilidade, nem outros fatores igualmente importante de sedução ou “poder”. Entretanto, é inegável o papel que o salto possui às mulheres que usam e aos homens que as cercam.
Não é à toa que usar salto alto é a primeira forma que as meninas utilizam para afirmar sua maturidade. O salto alto representa a “fase adulta” da mulher, como a barba representa para os meninos.
Freud defendia o salto alto como o pênis da mulher. Essa alegoria utilizada por Freud pode não ser exata – e mesmo pode estar incorreta – mas é reveladora de algumas verdades.
Uma dessas verdades é a imposição social. Uma mulher pode impor-se de várias maneiras, sejam elas físicas ou intelectuais. Cada mulher impõe-se de uma maneira diferente, entretanto, comum a todas, está a imposição do salto alto. Nenhum ambiente passa impune ao “tec, tec” que ouve-se ao longe, ou mesmo à presença dessa mulher.
Via de regra, as mais agressivas executivas e grandes profissionais equilibram-se nos finos (e mais alto possível) saltos altos. Em geral, quanto mais alto o salto, mais dominantes as personalidades. Como toda regra, existem exceções, mas essas não são muitas.
Essa relação entre o mundo e o salto de suas mulheres acaba refletindo também no campo afetivo e sexual. Uma das outras verdades de Freud. O poder de sedução e controle que o salto exerce sobre os homens é inimaginável. Se as mulheres tivessem a exata medida disso, nós, homens, estaríamos perdidos.
Não trata-se somente do salto em si. Um scarpin de salto – digamos 10, 12 ou 15cm – proporciona uma curvatura no peito do pé cujo efeito causado na mente masculina é próximo ao proporcionado por belos quadris. O tanto que panturrilhas, coxas e mesmo o bumbum são torneados pelo simples ato de subir num sapato de saltos também seduz como poucas coisas. Também poucas coisas hipnotizam o olhar masculino mais do que a sádica tortura praticada pelas mulheres quando cruzam as pernas e ficam equilibrando seus sapatos somente na ponta dos dedos…Haja equilíbrio!
Embora sejam quem efetivamente usam os saltos, poucas mulheres compreendem-no com a exatidão do que são de fato. Não fosse assim, jamais se despiriam começando pelos sapatos. Ao contrário, deixariam-no para o fim, como última peça do vestuário a ser tirada – talvez, eventualmente, sequer o tirariam.
Logicamente que não é qualquer salto que exerce poder sobre os homens. Guardando as devidas diferenças de opinião e gosto aqui e ali, não há homem que resista aos sapatos de verniz e aveludados, pretos, marinhos ou vermelho-sangue, com saltos finos, longos e do mesmo material ou – abusando – saltos em material metálico prateado ou em material acrílico. De preferência, modelos scarpin. Scarpins são universais entre os homens.
Na lista da sedução somam-se as sandálias – que exigem um pé bonito, bem feito, pedicure em dia...caso contrário, por favor, sapatos fechados! Ou botas!
Nunca, nunca mesmo, usem sapatos grosseiros, pesados, grandes. Masculinizam seu pé e sua postura. Principalmente aqueles que mais parecem coturnos militares, sapatos com solado grosso, de borracha, de bicos redondos. Se é que consegui fazer-me entender.
O fato é que esse objeto de sedução e exercício de poder feminino coloca o dito “sexo forte” (o homem) sob controle, literalmente, independente de outros fatores. Boa parte das mulheres não compreende isso. Ainda. Sorte nossa (ou azar o nosso?). Mas há que chegar a compreender. E aí, meus amigos...coitadinhos de nós "sexo forte".
Espero que tenham saboreado esse texto. Tomei a liberdade de invadir o texto do autor e fazer algumas adaptações que achei mais pertinente. Mas o mérito do texto é todo dele.
Beijinhos, a garota do Blog.
Morgana, fico muito contente de ver meu texto publicado no teu blog, mas - desculpe a franqueza - é absolutamente inadequado modificar o texto de terceiros, mesmo citando o autor.
ResponderExcluirO que fizestes modificou o meu texto original mas não diz onde. Os leitores ficam confusos, já que não sabem o quanto escrevi e o quanto escrevestes. Qual a profundidade e quantidade de adaptações realizadas?
Quando publicas o texto de um autor deves respeitar o seguinte:
1) colocar o texto na íntegra e conforme o original.
2) Se quiseres fazer adendos, deves colocar em cor diferente, de preferência "entre parágrafos" e início deverá indicar "os trechos em tal cor são considerações minhas ao texto original".
Dizer que o "mérito" do texto é do autor, mas que fizeste adaptações que achastes pertinente é totalmente inadequado, uma vez que um texto de natureza reflexiva não pode ser adaptado e evidentemente que não se pode discutir mérito, já que este é SEMPRE do autor.
Textos reflexivos podem ser comentados, jamais "adaptados", principalmente sem a expressa autorização do autor.
Sendo assim, peço que retornes o texto à sua redação original.
Desculpe, Mirgon. Não acontecerá mais, e agradeço imensamente pelas dicas. Inclusive, acho que vou exvluir esse post do meu blog. Abraço, Morgana.
ExcluirPrezada Morgana, acredito realmente que não tenhas feito por mal. Mas o fato é que alterar um texto original é retirar a essência do autor - algumas das tuas adaptações inclusive MUDOU o sentido do que eu disse. Escrever algo novo utilizando um trecho e indicando o autor, tudo bem. Mas pegar um texto inteiro e fazer algumas modificações que tu achas pertinente agride a essência do autor e joga o leitor no escuro... O que foi que o autor escreveu? O que foi que a Morgana "pincelou"?
ExcluirDessa forma, mais de 6 meses depois de ter entrado em contato - e tendo visto que não tomaste qualquer providência - venho novamente solicitar que: retornes o texto ao formato original - ou como dissestes, apague-o. É muito agressivo para um autor ver uma criação sua descaracterizada por quem quer que seja.